terça-feira, fevereiro 07, 2006

descrever-me? para quê?



Raptava mil palavras para me descrever
Organizava-as, aliava cada uma numa verdadeira corrente.
Parei, fechei os olhos, chorei.
Olhei para elas.
Percorri uma por uma, sorri.
Observei-as durante anos,
Meses, semanas, dias, minutos.
Vi como é importante a liberdade.
Senti as suas brincadeiras, as suas mágoas,
Partilhei das suas complexidades.
Vivi com elas.
Vivo para elas.
Vivo delas.
Descrever-me? Para quê?
Se eu sou a PALAVRA.

5 Comments:

Blogger algo said...

Pegando no teu comentário, Que seria do Ying sem o Yang? :)

Ok... não havia taoismo... tu percebeste :D

12:49 da manhã  
Blogger Pharaoh said...

bem verdade, escrevemos no branco das folhas, as palavras que vamos juntando e que definem o conteúdo do livro que vamos assim escrevendo, é assim,,, e a unica palavra que não veremos nele escrita, será certamente a palavra fim :))

numa palavra, se pudesse eu escrever a imensidão do ser numa palavra, repetir-te-ía e escreveria em consonânçia com o que escreves, somente essa e só essa mesma de ti palavra,

beijinhos imensa e um td de bom para ti*

1:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"Ser ou não ser, é a questão..."
Tudo depende do género de palavra pela qual te inseres. Uma imagem vale mais do que mil palavra, mas para que o contrário seja possível, uma mera palavra não chega, mesmo para alguém que seja bom entendedor. ( Para um bom entendedor, meia palavra basta! )

Mais ainda, por muitos anos que "observasses e vivesses", é sempre de sublinhar o curto período de tempo em que vivemos...
e séculos, provavelmente não chegariam! É assim que se resume a experiência de vida! A capacidade de entender o que é a Palavra, onde encontrá-la e aceitá-la, com tudo o que possuímos!

Resumindo...

Tenho sérias dúvidas quanto à veracidade da afirmacão expressa no último verso...

F2006

12:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

...no final "ela" será sempre levada pelo vento...

12:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

JornaldeNotícias, Domingo, 29 de Janeiro de 2006 http://jn.sapo.pt/2006/01/29/cultura/juntar_pecas.html
Margarida Rebelo Pinto:

"Quase nunca te digo o que sinto por ti porque te conheço bem, minha querida Mariazinha."

Art of Love, 7 de Fevereiro de 2006 http://bizaazul.blogspot.com/

"Quase nunca te digo o que sinto por ti porque te conheço..."

2:48 da manhã  

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