terça-feira, novembro 29, 2005

último acto



É o fim. É o correr do pano.
Finalmente tive a percepção da morte.
No fim entrego-me ao vento.

Já vivi o suficiente, por isso tenho de morrer.
Mas não morro sem te tirar das trevas
Mostrando-te como foi, revelando-te a minha fúria.
Só te posso dizer que o teu crime foi premeditado.
Odeio-te

Ainda sinto na boca teu gosto
Foi aí que senti que:
- Odeio-te
- Repudio-te
- Desprezo-te
- Desejo-te
- Mato-te
- Amo-te
- Ignoro-te
Tanta incoerência na minha coerência!

segunda-feira, novembro 28, 2005

descobre-me...


Quero-te sentir no meu corpo,
Quero conhecer o teu só pelo cheiro e pelo prazer que me dás.
Desejo sentir as tuas mãos a passear nos meus ombros,
no meu peito, na minha cinta, enfim no meu mais íntimo.
Ama-me do avesso, ama-me por dentro.
Descobre-me…

quinta-feira, novembro 24, 2005


tu na minha pele

quarta-feira, novembro 23, 2005

chuva minha



Adoro-a quando pequena
Venero-a quando intensa
Desejo-a quando se ausenta
Sinto-a quando me toca
Arrepia-me quando escorre pelo meu corpo
Sorrio-me quando me presenteia-a
Alegra-me quando canta
Embala-me quando as noites são longas
Amo-te coisinha natural
És a chuva da minha vida
Sempre presente…sempre!

segunda-feira, novembro 21, 2005

gosto...



tive vontade de te devorar.
gosto de sentir como me desejas.
gosto de ser a tua mais pequena grande
imensidão.

segunda-feira, novembro 14, 2005

tentamo-nos


tentarei com que te queira
serás meu porto de abrigo
serei tua sereia
tentarás domar-me
tentarei resistir-te
mas ambos sabemos que nos
Tentamos .

quarta-feira, novembro 09, 2005

hoje o tempo urge



É preciso tempo, pára-o.
Nesse frame onde nos temos.
Talvez não, as imagens ficam
mas o tempo não.
O tempo, esse urge
Tu sabes eu sei.
Então fica o silêncio
das areias a correrem
na velha ampulheta.

Inverte-a. Para que as areias se misturem
Para que se possa recriar o que já criamos.
Ainda temos tanto para ser.

domingo, novembro 06, 2005

hoje


Hoje tive vontade de estar contigo
Hoje quis contemplar-te
Hoje senti a tua falta
Hoje imaginei ter-te
Hoje não vou poder esquecer-te.

sejam



O ritmo alucinado da vida
Faz com que os meses sejam segundos
Que as tardes sejam milésimos de milésimos
Que a tua procura seja infinita
Que a minha presença seja eterna.

quarta-feira, novembro 02, 2005

sem sentido


Acabou. Posso ao menos concebe-lo na mente!
E embora com toda ansiedade e sinceridade
Não haja disso possibilidade.
Não, não quero mais ilusões
Quero e hei-de viver em liberdade.
Que te importa espreitar-me a vida?
Que te importa os anos que já vivi?
Serei sempre tua. Na hora da partida
O meu corpo é inteiramente para ti

Descansa morte que não vou embora
Sem te chamar para junto de mim…
Por toda a parte onde tenho passado.
Quero conquistar de alguém o seu amor
Antes de seguir-te de braço dado!

E sentir esta louca paixão sentida.
Vejo em ti suprema ambição duma vida inteira.

Vejo em ti um deus do passado
Vejo em ti um vulto de encantar
Vejo em ti o homem do meu pecado
Vejo em ti a razão do meu arfar…

Vejo em ti a sombra do meu desejo
Vejo em ti a ilusão do meu sonho
Vejo em ti o homem como eu o vejo
Vejo em ti a verdade de andar risonho.

Vejo em ti aquele que nunca mente
Vejo em ti como foste antigamente
Vejo em ti o valor de uma ilusão

Vejo em ti o mais belo deste mundo
Vejo em ti como o amor é profundo
Vejo em ti a razão de uma paixão.

terça-feira, novembro 01, 2005













Estou nua no leito que já conheces.
Ama-me e sentirás…

viagem pelo que é teu




Viajo pela montanha,
Vejo que nada nos para.
O preenchimento é total.
De novo parto contigo
No infinito…

Essa ida… saudades do vazio,
Do verde, da paz, da tranquilidade,
Da beleza, única, segura, casta e agreste.

Sigo os teus passos na esperança de um dia
Poder partilhar o que à muito tempo já é teu.
Escreva!
Escreva!