quarta-feira, setembro 06, 2006

margarida


fotógrafo: jerry schatzberg

Tempo efémero
Campo descampado
Povoado por uma
Margarida.
Caule bem estruturado
Pétalas suaves, brancas.
Não escondia a sua vaidade.
Sempre que o colibri
Folheava as suas pétalas,
Via-a como um livro,
Sentindo a sua vontade
Em cada página tocada,
Lida, sentida, beijada.
Sabia que nunca iria
Desfolhar a sua flor.
A sua eleita, predilecta
A qual acolhe a sua boca,
Num beijo de alimentar
O mundo…
É a sua simples e quimérica
MARGARIDA.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É fantástico como de facto consegues fazer amor com as palavras.
Adorei ler a simplicidade e a inocência dos memoentos de parzer que a margarida e o colibri tiveram.
Obrigado!
Beijos

12:11 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ah! para acompanhar este belo momento recomendo uma banda chamada "The album leaf".
Foi ao som dela que li este poema.

12:13 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Tudo é efémero, e uma margarida não seria excepção, embora possa se tornar infinitamente pó atómico, sem a forma florida, mas com a forma fundida em pontos sobrepostos no nada.
Apanhas margaridas e pintas palavras amorosas...
Tem um bom fim de semana.

Obrigado, pelo teu comentário argumentativo no meu blog. "Imensa"


Sonho fiel

3:53 da tarde  
Blogger Pinguim da Neve said...

Cada margarida deste mundo deveria ter direito a deixar-se visitar por um inesperado colibri. São as cores que nos protegem de sufocar no quotidiano decoro.

7:06 da tarde  

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